"O Sheik" 02


CAPÍTULO DOIS

Demi mal podia acreditar que Joe Saalen tivera a audácia de beijá-la a céu aberto em um estacionamento no meio da tarde. E, como se não bastasse, tinha oferecido para ser o pai de seu bebê. Pior ainda era se conscientizar de que estava pensando na possibilidade de se casar com ele.

Depois de se servir de uma taça de vinho, Demi atravessou a sala de estar e se deixou cair no sofá com esperanças de clarear a mente. Adorava o incrível apartamento, generosamente cedido pela família Cyrus. Gina tinha decorado a sala com lindos sofás, revestidos de seda italiana, uma escrivaninha an­tiga e tapetes persas. Mas nada daquilo era adequado para um bebê engatinhando.

Mas estava se adiantando, pois primeiro precisava conce­ber, e só então decidir a decoração do apartamento. Naquele momento, a gravidez deveria ser sua prioridade máxima. E a proposta de Joe, claro, mas sem levar em consideração aquela boca tentadora. Era preciso parar de lembrar aquele beijo para pensar com clareza. Tarefa nada fácil, aliás.

Mais um gole de vinho, e ela lembrou os acontecimentos do dia. A consulta a tinha instruído sobre o processo de inse­minação e os possíveis custos, emocionais e físicos, caso não conseguisse engravidar na primeira tentativa. Depois olhara alguns perfis de possíveis doadores, alguns bons demais para ser verdadeiros. Enquanto esperava para ser atendida, obser­vou alguns casais na antessala, todos ansiosos, esperançosos e apaixonados.

Talvez Joe estivesse certo. Estaria mesmo disposta a trazer um bebê ao mundo sem saber sua herança genética? Deveria confiar que os doadores eram honestos? Afinal, fazia pouco tempo que soubera que a linhagem de sua família tinha sido desviada pela desonestidade.

Sentindo-se exaurida emocionalmente, colocou o cálice de vinho numa mesinha lateral e se espreguiçou. Havia jantado uma sopa de macarrão e vegetais, embora não estivesse com muito apetite. Tinha muito a pensar em tão pouco tempo dis­ponível.

Se desejasse continuar com a inseminação, precisava arru­mar tudo em menos de três dias, quando entraria no seu perío­do fértil. O mesmo se aplicaria caso optasse pela proposta do sheik.

Bastou pensar em fazer amor com Joe para que arrepios levantassem toda sua pele, e um calor passou a correr em dis­parada por suas veias. Não tinha como negar que aquele beijo despertara desejos que julgara adormecidos. Foram dois beijos que tinham interferido em sua vida para sempre.

A campainha soou e Demi levantou-se no mesmo instante. Sentiu um frio na espinha ao imaginar que podia ser Joe, em uma visita surpresa para exigir uma resposta que ainda não ti­nha. Aparecer a sua porta, muito bem vestido e irresistível, era de se esperar de alguém tão confiante e, pior, encontrá-la de moletom e legging gastos. Bem, se mantivesse uma distância segura, daria um jeito de mandá-lo embora.

Embora disposta a dispensá-lo, sentiu uma pontinha de frus­tração quando viu Miley pelo olho mágico, e não Joe, para convencê-la com beijos de sua proposta.

Absolutamente ridícula.

— Olá — Demi cumprimentou a prima assim que abriu a por­ta. — O que a traz ao andar superior?

— Passei para uma visita — respondeu Miley, com os ombros arqueados como se carregasse um fardo nas costas.

Demi se preocupou ao notar que Miley parecia muito can­sada. O trabalho na sorveteria era árduo, principalmente para a gerente, Miley, que, apesar da pouca idade, vinte e três anos, administrava o lugar com louvor. Ou pelo menos era o que Demi acreditava até aquela noite.

— Entre convidou Demi, mostrando o sofá. — Sente-se. Es­tou tomando vinho. Aceita um cálice?

— Não, obrigada.

Miley se jogou no sofá, inclinando a cabeça no encosto.

— Você está bem? Parece esgotada...

— Decidi subir de escadas até meu apartamento em vez de usar o elevador. Estou cansada, só isso.

Demi estranhou, pois Miley sempre subia dois andares para visitá-la no quarto andar e nunca a vira suando. Havia algo de muito errado.

— O que está havendo com você? — Demi perguntou ao se sentar numa poltrona em frente ao sofá.

Miley esboçou um sorriso tímido.

— Primeiro quero saber de você. Como foi a visita na clínica de fertilização?

— Não há muito que dizer. Passei por uma consulta, soube dos termos financeiros e dei uma olhada no portfólio dos pro­váveis doadores de esperma.

— Isso deve ter sido interessante.

Nada interessante se comparado com a proposta de Joe. Demi não queria sobrecarregar a prima com seu dilema, mas não tinha a quem procurar. Miley tinha se tomado sua melhor amiga, uma confidente sempre com sugestões equilibradas.

— Na verdade, tenho outra oferta a considerar...

— É mesmo? Não me diga que tem a ver com um príncipe árabe maravilhoso.

— Ele disse alguma coisa? — indagou Demi, olhando de soslaio.

— Juro que não, mas ele se mostrou muito empenhado em devolver sua bolsa.

— Ah, então foi por isso que ele me encontrou.

— Sinto muito, Demi. — Miley pareceu arrependida de fato.

— Mimi deu o endereço, e eu, a bolsa. Ele é muito persuasivo.

— Não diga... — murmurou Demi.

— E está louco por você.

— Que exagero, Miley. Eu mal o conheço.

Entretanto, se aceitasse a oferta dele, aquilo podia ser resol­vido logo e num nível bem íntimo.

— Qual foi a proposta?

— Ele quer ser o pai do meu bebê, mas da maneira tradicional.

— Puxa vida! — Miley exclamou, colocando a mão no peito. — Isso pode ser divertido.

Era exatamente isso que Demi tinha pensado e por isso o dilema.

— Pode ser divertido, mas não muito sábio.

— Ele estava falando sério?

— Sério até demais. Disse que só fará isso se estivermos ca­sados. Como se não bastasse, afirmou que podemos nos sepa­rar, caso seja minha vontade depois do nascimento do bebê.

— Você vai aceitar?

Demi achou engraçado que a proposta não lhe pareceu tão absurda depois de verbalizá-la.

— Ainda não sei. Parte de mim acha que eu seria uma tola em aceitar, outra parte... bem...

— Acha que você seria mais boba ainda de aceitar um pai desconhecido, considerando as lacunas em sua família. Sem falar que fazer amor com um sheik deve ser uma experiência e tanto.

— Foi isso mesmo que minha porção feminina pensou. — Demi abriu um breve sorriso. — Mas ele tem esse lado machão, que ficou evidente quando me defendeu daquele cliente impa­ciente. Eu teria me virado sozinha.

— Ele estava preocupado com você.

— Achei que estivesse mesmo, mas percebi como ele é con­trolador. E eu não conseguiria viver com alguém que me levas­se com a rédea tão curta.

Miley se mexeu, mostrando-se desconfortável.

— Isso pode ser um problema se você não estabelecer certas coisas com ele. Quem pode prever o futuro? Esse casamento pode até se transformar num relacionamento eterno.

— Não acredito. Somos de mundos diferentes.

— Coisas estranhas aconteceram. — Miley prendeu o cabelo com uma mão, fez uma volta e soltou-o de novo. — Antes de tudo, acho que toda criança tem o direito de saber quem são seus pais, se possível. Família é tudo.

Demi entendia aquilo mais do que ninguém, pois havia per­dido havia pouco tempo a única família que conhecera. E tam­bém supunha que algo de muito errado estava acontecendo com Miley; era evidente a tristeza em sua voz.

— Sua vez, minha prima querida. Conte o que está aconte­cendo com você.

Os olhos de Miley se encheram de lágrimas, que logo escor­riam por seu rosto, preocupando Demi ainda mais.

— O que houve?

— É uma longa e triste história.

Demi levantou da cadeira e se sentou ao lado da prima no sofá.

— Tenho a noite inteira para ouvir. Por favor, diga o que está acontecendo. Estou muito preocupada com você.

Miley levantou a blusa branca e colocou a mão sobre o ventre.

— É isso que está acontecendo.

Demi notou uma ligeira protuberância sobre o cós da calça preta de Miley. De repente, ficou claro que ela não tinha engor­dado por excesso de sorvete.

— Você está...

— Grávida. Sim, e ninguém sabe ou pode saber, além de você.

Mais confusa do que nunca, Demi esperou alguns minutos para absorver a notícia e deixar passar o susto.

— Quem é ele?

— Alguém com quem estou namorando desde janeiro — Miley respondeu com um suspiro.

— Namorando escondido? Ele é casado?

— Pior. Ele é um Conti.

Demi ficou em choque. Acabara de saber que a prima esta­va grávida de um homem cuja família era inimiga dos Cyrus havia décadas. Tanto os Conti quanto os Cyrus tinham jurado jamais esquecer antigas acusações. Não era à toa que Miley não queria que ninguém soubesse de seu estado.

— O nome dele é Steven — continuou Miley. — Ele é lindo, carinhoso, e estou totalmente apaixonada.

— Ele parece ser incrível mesmo. Existe algum outro proble­ma além do familiar?

— Não, esse já é um problema e tanto. Com tanta coisa acontecendo — a sabotagem da sorveteria pouco antes de você chegar, o incêndio do armazém, — os Cyrus acreditam que os Conti estão por trás de tudo. Nosso relacionamento jamais será aceito. Ao contrário, irá separar ainda mais as famílias.

— Quem sabe esse bebê não põe um fim nessa rixa.

— Não acredito que isso aconteça, pelo menos não agora. Na verdade, não estou disposta a lidar com algo assim. Quero sair da cidade, dar um tempo longe daqui e pensar sobre tudo. Não posso demorar muito porque a barriga já está ficando evidente.

— Você está grávida de quanto tempo?

— Quatro meses.

Outra surpresa para Demi. Mas, pensando melhor, tinha no­tado que Miley vinha usando blusas mais largas para fora da calça havia algum tempo.

— Diga o que posso fazer para ajudá-la.

— Quero que você tome conta da loja durante minha ausência.

— Claro que sim.

Demi faria qualquer coisa por Miley, por ter sido recebi­da de braços abertos, mais como uma irmã do que uma prima distante.

— Steven sabe dos seus planos de viagem?

— Ele nem sabe que estou grávida.

— Por que não? — Demi perguntou, atônita.

— Não seria justo jogar uma bomba dessas agora, ao menos não enquanto decido o que vou fazer da minha vida.

— Você não está pensando em tirar o bebê, não é?

— Claro que não! Amo essa criança e, mesmo que nada dê certo entre mim e Steven, terei uma parte dele comigo para o resto da vida — respondeu Miley, mortificada.

— Você não tem esperanças de seu relacionamento dar certo?

— Eu gostaria de ter, Demi. De verdade mesmo, mas acho que não há esperanças para nós. Temos muitos obstáculos por transpor.

Demi ficou com pena, mas talvez, depois de um tempo lon­ge, Miley esfriasse a cabeça.

— Para onde você pretende ir?

— E por isso que estou aqui. Você ainda tem casa em Montana?

— Vendi há pouco tempo para um amigo da família.

— Bom, então...

Demi pensou um pouco e se lembrou de outra opção, um lugar perfeito para um período sabático.

— Tenho uns amigos em Silver Valley, a família Calderone. Eles possuem um lindo rancho e tenho certeza de que vão gos­tar de ter visita pelo tempo que quiser.

— Será que posso ir mesmo? — Miley perguntou, mais ani­mada.

— Tenho certeza, mas vou ligar amanhã de manhã para perguntar.

— Você salvou minha vida — Miley agradeceu, pegando as mãos de Demi nas suas. — Estou tão feliz por você fazer parte dessa família.

— Eu também fico muito contente por isso.

E Demi estava sendo sincera. Poucos meses antes, sentia-se totalmente sozinha. Agora podia contar com uma pri­ma compreensiva e outros novos amigos. Também tinha... Joe? Mais uma vez o sheik entrava sorrateiramente em seus pensamentos.

Levantando-se, Miley se espreguiçou esticando os braços para cima.

— Ultimamente, meus músculos protestam se fico muito tem­po em pé ou sentada.

— Você precisa descansar. — Demi se levantou também.

— Não tenho dormido muito bem.

Demi achou que também não teria uma boa noite de sono em vista de tudo o que tinha acontecido naquele dia.

— Para mim, tomar um banho quente ajuda a relaxar. Eu avi­so depois de falar com os Calderone, mas já pode começar a arrumar as malas.

As duas se abraçaram por longos minutos.

— Obrigada por tudo. Eu lhe devo uma.

— Volte logo, vou sentir saudades.

— Eu também. Mas quero que me prometa que não dirá nada a Steven, ou à família. Não quero que ninguém saiba por que vou viajar.

— Será que não se preocuparão com você?

— Vou deixar um bilhete para a família e para Steven expli­cando que preciso de um tempo sozinha. E você? O que você vai fazer quanto à proposta de Joe?

— Não faço a menor ideia, tenho muito que considerar.

Miley se dirigiu até a porta e olhou para Demi.

— Não importa o que resolver, saiba que estarei sempre ao seu lado. Mas espero que pense seriamente na proposta dele. Será ótimo para seu bebê conviver com o pai.

O coração de Demi ficou apertado por Miley não poder dividir a alegria da maternidade com o pai do bebê e com sua família. Lembrou-se de como sentira falta dos laços fa­miliares, e agora não podia negar a importância de ter o pai e a mãe presentes. Além disso, o sheik Joe Saalen seria um candidato de primeira linha para ser pai de seu filho. Sem contar que seria muito prazerosa a convivência com ele. Um friozinho correu a espinha de Demi ao se imaginar com Joe na cama.

Ah, tinha tanta coisa para pensar em tão pouco tempo.





— Eu sempre soube que você era um homem de poucas palavras, Joe, mas hoje você está mais quieto do que dê costume.

Joe levantou os olhos e viu que Daniel Cyrus o estudava com curiosidade por sobre a mesa do almoço.

— Estou com muita coisa na cabeça. — E isso tanto era verda­de que tinha até perdido o apetite.

— Não me diga que está de mau humor por causa dos meus investimentos...

A razão do humor de Joe nada tinha a ver com problemas financeiros, mas sim com uma mulher em particular.

— Eu o chamei aqui pela nossa amizade, e não pelos negócios.

— Ótimo. Eu estava começando a achar que você me diria que estou destinado à pobreza, por isso não estamos almoçando num restaurante.

Joe tinha convidado Daniel para almoçar na suíte de cober­tura dê um hotel renomado para estar em casa se Demi ligasse, o que, até então, não tinha acontecido. Quanto mais tarde fica­va, mais ele se preocupava que talvez ela tivesse optado pela clínica de fertilidade. Imaginou que ela podia estar lá naquele momento, sendo inseminada por espermas de um estranho.

— Seus investimentos são um sucesso, como sempre — Joe garantiu. — Você continua sendo um homem muito rico.

Daniel empurrou a cadeira para trás, satisfeito com o que ouvira.

— É muito bom saber disso, mesmo afirmando que tenho tudo o que um homem precisa, graças à minha nova esposa.

Joe sentiu uma pontinha de inveja da sorte do amigo em encontrar uma parceira adequada.

— Presumo que a lua de mel tenha sido boa.

— Ah, sim. Muito boa. — Daniel abriu um sorriso largo. — Mas ainda não acabou. Pergunte à Phoebe. Para uma moça quieta, ela me surpreendeu bastante.

Joe achava que Demi, mesmo não sendo tão recatada, po­deria surpreendê-lo bastante também. Se ao menos tivesse a chance de descobrir...

— Fico feliz que tenha feito a escolha certa.

— E eu que pensei em apresentar Phoebe para você na festa de Demi — lembrou Daniel. — Ainda bem que você não se interessou.

Tinha sido sorte mesmo. Não que Phoebe não fosse uma mulher atraente, mas naquela noite, a atenção de Joe estava voltada para Demi. Bastou olhar para ela para despertar seus instintos mais primitivos. Mas agora lamentava que, a cada mi­nuto passado, diminuíam as chances de satisfazer seus desejos.

— A julgar pelos seus hábitos passados, ainda não acredito que tenha se casado — comentou Joe.

— Se estiver se referindo às mulheres que tive, elas perdem em número para suas conquistas.

— É verdade, mas encontrei alguém que vai me fazer sossegar.

— Alguém especial?

— Sim, sua prima Demi.

Daniel bateu na mesa com tanta força que a porcelana e os talheres tremeram.

— Bem que Phoebe disse que isso iria acontecer, mas achei que seu entusiasmo não passasse daquela noite. Demi não me pareceu muito feliz quando você a beijou.

— Eu estava apenas dando as boas-vindas.

— Você não me engana. Faz quanto tempo que vocês estão juntos?

— Ainda estamos em negociações.

Joe tinha sido pego de surpresa e por isso não encontrou uma maneira melhor de explicar.

— Negociando? Que jeito estranho de falar de um namoro.

— Na verdade, já passamos dessa fase.

— Tenho que admitir, Joe, você trabalha rápido.

— Eu a pedi em casamento.

— Ou seja, você vai do zero a cem por hora em segundos. Quando isso aconteceu?

— Eu já procurava alguém para me casar. Demi é a escolha perfeita.

— Tem razão. Demi é uma mulher bacana e muito atraente.

— Concordo com você.

— E então, quando é o casamento?

Joe considerou que poderia se casar naquele dia mesmo.

— Infelizmente, ela ainda não me respondeu. Não tenho cer­teza se ela sabe que nós dois podemos nos beneficiar dessa relação.

— Bem, Joe, se você usou essas palavras para falar com ela, não é à toa que não tenha tido resposta. — Daniel fez uma cara feia.

— A situação é bem mais complexa. Demi e eu temos o dese­jo de ter um filho, por isso consideramos ficar juntos. Eu insisti para que nos casássemos para o bem da criança.

— Isso quer dizer que não tem nada a ver com amor?

Não era de se esperar que Daniel entendesse de fato, mas também, como poderia, se estava tão apaixonado pela esposa?

— Gosto de Demi e pretendo dar uma vida confortável a ela e ao nosso filho.

— Isso está parecendo um plano de previdência. — Daniel meneou a cabeça. — Não sei se dá certo colocar a carroça diante dos bois.

Quando Joe franziu a testa, sem ter entendido, Daniel continuou:

— Estou falando em casamento e filho antes de saber se vo­cês se dão bem.

— Sou realista, Daniel. As vezes é necessário fazer escolhas com base no melhor para cada um, e não em emoções.

— Então você não acha que seus sentimentos não passarão disso?

— Não espero nada mais do que o real, ou seja, vamos nos casar para fazer um filho. Mas não nego que acho Demi uma mulher interessante e desejável. Planejo aproveitar dessas ca­racterísticas.

Daniel se mostrou preocupado.

— Acho que, quando a paixão acaba, deve haver outro senti­mento para substituir; caso contrário, o casamento se transfor­ma em uma tortura.

Joe achou que Daniel tinha razão, suas palavras tinham sido sábias. No entanto, não seria prudente pensar com o cora­ção, porque Demi podia optar pela separação logo depois do casamento, apesar de ele ser contra a ideia. Bem, mas, antes de qualquer coisa, era preciso que ela aceitasse o pedido de casamento.

— Tem mais uma coisa, Joe — disse Daniel. — Os Cyrus le­vam a família muito a sério. Apesar de Demi ter chegado há pouco tempo, ela já é considerada como um membro do clã.

— Entendo.

Joe dizia a verdade, pois entendia bem os laços familiares, ou, no caso dele, correntes.

— Só para deixar claro, você pode ser um bom amigo, mas, se magoá-la, não terá apenas que responder ao restante da famí­lia, mas a mim também.

Mas Joe não tinha intenção nenhuma de ferir Demi. E tam­bém não permitiria que ela o magoasse.

— Pode ficar tranquilo, vou tomar conta dela.

— Falando em família, o que os seus dirão do seu casamento com uma americana?

Não havia motivos para participar sua família, pensou Joe. Talvez depois do nascimento do filho. Ou talvez ligasse para o pai logo após o casamento para informá-lo de que não havia mais como interferir. Joe tinha esperado trinta e seis anos pelo momento de dizer ao rei de Zhamyr que ele não controlava a vida do filho.

— Não me preocupo mais com a aprovação da minha família. Não tenho obrigações como herdeiro, esse fardo pertence ao meu irmão mais velho.

Quando o telefone tocou, Daniel logo atendeu.

— Eu disse a Phoebe que ligasse quando quisesse ir para casa.

Mais uma vez Joe sentiu inveja do amigo.

— Pelo visto, ela o mantém no laço.

— Não tentamos usar algemas ainda, mas quem sabe... — Daniel respondeu, já com a mão no aparelho. — Pode deixá-la subir — disse ele, e recolocou o fone no gancho.

— Pelo visto sua esposa decidiu escoltá-lo até em casa — disse Joe.

— Não é Phoebe que está subindo.

— Então quem é?

— A mulher que você pretende tomar como esposa.

By Karoline Nunes...

Comentão:
Iza Moraiis- Oi Iza numero 3 vc tbm está acompanhando esse fic...Muito Muito feliz e orgulhosa da sua fic tbm.beeeeeeijos
Anna- Oi lindona muito obrigada,espero que goste desse cap tbm.beeeeeeeeijos
Alesandrademi- Oie Aleeeeeeeee,obrigada muito obrigada mesmo...muitos beeeeeeeijos
Jess!s- Oie companheiraaaaaaa rs,fiz o dever de casa direitinho viu,estou seguindo seu blog e hj vou tentar acompanhar a leitura,e importante uma outora tão boa gostar da minha fic beeeeeeeijos...

Já entraram no MEU BLOG atualizei hoje...
Beeeeeeeeijos pessoinhas mais lindas do mundo...

6 comentários:

  1. HEEEEEEEEEEEEEY ... AMEI

    EITA TIA , MEGA FURIOSA COM VC !!! POR QUE NÃO ME AVISA QUE ESTÁ TRABALHANDO EM UM NOVO BLOG ?? HUM ! BRAVA !

    ENFIM, AMEEEEEI ESSA FIC JÁ, LI OS CAPS E ADOREI

    POSSTA LOGOO

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  2. Amandooooooooooo, posta lpgo

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  3. Aaaaaa que maravilhaaaa
    Miley grávida ~que perfeito~
    Vish...tomará que a demi aceita
    ~lê eu curiosa~
    Posta logooo minha lindinha
    Beijos >.<

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  4. Amando cada vez mais. Poste logo, estou mega curiosa

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  5. Ó eu aqui de novo *-*
    Kkkkkkkkkk!!!
    Meu Deus, eu vou ter um treco do coração >.<
    Demi querendo o Joe!
    Joe querendo a Demi!
    Miley gravida!
    Amor proibido!
    Diley s2
    Agr... O amigo do Joe me fala de algemas?! *o *
    Acho q kkkkkkk eu não estou me aguentando *-*
    É muita perfeição para uma fic só!
    Joe é controlador? *-* Olá Sr. Grey. Kkkkk
    Você tem de postar logo antes que eu tenha um Heart Attack *-* Você é muito diva ;)

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