"O Sheik" 03



Quanto mais alto subia o elevador do Hotel Regents, mais for­te batia o coração de Demi. Além do ascensorista, trajado em um uniforme azul e inexpressivo, ela estava sozinha.

O rapaz deve tê-la confundido com o pessoal do restaurante, já que vestia roupa de trabalho, saia preta e camisa branca. Ele não estava totalmente errado, pois Demi subia para se encon­trar com um príncipe ao qual estava prestes a servir. Mas faria tudo para que isso não acontecesse, pois tinha apenas um ob­jetivo em mente, um pai para seu bebê. Porém, antes tinha de entrevistá-lo rapidamente para se certificar se ele estava apto para tanto.

Demi se sentiu muito desconfortável quando as portas do elevador se abriram diante de um luxuoso hall coberto por ta­petes persas vermelhos, que certamente não tinham sido esten­didos para ela passar, a simples Demi Lovato vinda de algum lugar do estado de Montana.

O ascensorista desceu e segurou a porta com uma mão e, com a outra, fez sinal para que ela passasse.

— Esta é a suíte presidencial do sheik Saalem.

Demi agradeceu com um sinal de cabeça, colocou a alça da bolsa no ombro e seguiu até um espelho oval, onde soltou o cabelo e retocou o batom.

— Isso é tudo — disse ao rapaz que ainda estava ali, esperando talvez uma gorjeta.

Imaginou que, dali para frente, teria de se acostumar a dizer aquilo, especialmente quando as pessoas se curvassem a sua presença. Se bem que nada daquilo daria certo com Joe Saalen. Seria difícil até verbalizar alguma coisa quando estivesse diante da sensualidade em pessoa. Se bem que só teria de dizer: Sim, aceito me casar e ter um bebê seu. E isso é tudo.

Depois da conversa com Miley, tinha decidido aceitar a pro­posta, mas não antes de ele responder algumas perguntas.

Segurando a alça da bolsa, respirou fundo e bateu na porta. Esperava por tudo, menos que fosse atendida por Daniel.

— O que está fazendo aqui? — indagou ela, demonstrando uma calma excessiva para sua surpresa.

— Vim visitar um amigo — Daniel respondeu, sorrindo e abrindo caminho. — E você? Veio aqui por prazer ou a negócios?

Era difícil saber o que Joe tinha dito a Daniel, e Demi tam­bém não queria saber. Desde que tinham se conhecido, Daniel assumira o papel de irmão mais velho, e, como tal, gostava de brincar com ela.

— Estou a trabalho. — Não era propriamente uma mentira.

— Joe vai avaliar seu portfólio? — Daniel perguntou, coçando o queixo, pensativo.

— Digamos que sim. — Por mais que gostasse de Daniel, Demi queria que ele fosse embora naquele instante. Estava ansiosa demais para ser alfinetada. — Diga “olá” para Phoebe por mim.

— Claro. — Daniel se curvou e continuou baixinho: — Não se esqueça de colocar o aviso de “Não Perturbe” na porta.

Agora ele tinha ido longe demais.

— Já falei que estou aqui a negócios.

— Se você diz... — Daniel saiu com um sorriso cético estam­pado no rosto.

Joe tinha se levantado e se aproximado da porta. Parecia calmo e muito elegante em uma camiseta polo e uma calça preta.

— Entre — ele convidou, fazendo um gesto com a mão.

Demi tomou cuidado para passar longe dele para evitar que se tocassem sem querer. No entanto, o perfume másculo já a en­volvia, provocando todos os seus sentidos. A essência era única e diferenciada, remetia às areias dos desertos árabes e, na certa, tinha um nome também único como “Noites Árabes” ou “Pôr do Sol no Deserto”.

Oh, Céus.

Para evitar olhar diretamente para Joe, Demi observou a opulência da sala. Portas se abriam para uma varanda com vista para os altos prédios do centro de Boston que quase tocavam o céu azul.

De um lado havia uma mesa de jantar de madeira maciça e*vestígios de uma refeição recente, do outro lado, uma sala de estar com sofás de couro e poltronas que ladeavam uma pequena lareira de tijolo aparente. Mais à frente, portas de correr, ligeiramente abertas, mostravam uma cama de casal kingsize coberta com uma colcha de brocados. Bem diferen­te da mobília de compensado e toalhas de banho finas que encontrava nos hotéis que costumava frequentar quando em viagem. Sem falar naquela cama gloriosa. Era melhor parar de olhar.

— Que lugar lindo. Você fica sempre aqui? — perguntou ela, virando-se para Joe.

— Eu moro aqui atualmente — ele respondeu, estreitando a distância entre eles.

— Onde é a sua casa?

Joe estranhou a curiosidade dela, mas não comentou nada.

— Moro onde os negócios me levarem. Não tenho residência fixa.

O magnetismo entre eles era tão forte que ela acabou se aproximando sem se dar conta. Ao mesmo tempo, abraçou-se à bolsa, como se para se proteger.

— É mesmo? Deve ser estranho não ter um lar.

— Espero me estabelecer em Boston.

Mais um passo à frente de Joe e estavam à mesma distância perturbadora do dia anterior, atrás do balcão da Gelateria Cyrusssa. Demi pensou em se afastar, mas o desejo de senti-lo próximo foi mais forte.

— Por que esta aqui, Demi?

— Preciso fazer algumas perguntas.

— Não quer se sentar primeiro?

Sentar-se seria ótimo, ajudaria a relaxar um pouco.

— Claro.

Demi se sentou na ponta do sofá, esperando que Joe se sen­tasse numa das poltronas, mas, para sua surpresa, ele tomou lu­gar na outra extremidade do sofá, cruzou as pernas e apoiou um dos braços sobre o encosto. Ele estava tão à vontade que Demi chegou a se irritar, pois ela, ao contrário, estava com os hormô­nios à flor da pele. Imagens rápidas de Joe tomando-a nos bra­ços, deitando-a sobre o tapete persa povoaram sua mente. Foi preciso piscar e engolir em seco para recuperar a compostura.

— Pode começar a falar — Joe a incentivou.

— Essa é uma das coisas que quero deixar claro.

— Não entendi.

— Saiba que, nos últimos trinta e um anos de vida, sempre falei e me expressei abertamente sem precisar de permissão de ninguém.

— Acho que essa é uma das suas qualidades mais intrigantes — comentou ele, contendo o sorriso. — Na verdade, tudo que sai de sua boca me fascina.

Demi sentiu como se uma bola de fogo incendiasse seu ros­to, mesmo assim continuou a falar:

— O importante é que sou capaz de tomar conta de mim mes­ma em todos os aspectos.

— Pela minha experiência, sei que há certas necessidades que precisam ser delegadas.

— Quais seriam?

O sorriso sumiu do rosto de Joe, que assumiu uma expres­são bem mais sedutora.

— Estou me referindo às necessidades íntimas.

— Acho que você pode estar certo — disse Demi, imaginan­do que ele não deveria ter problema em resolver a questão facilmente.

— Posso?

— Sim, no que diz respeito à concepção. E isso me leva às questões de saúde. Você é portador de alguma doença, física ou mental? Existe algum histórico familiar de doenças contagiosas?

— Minha saúde é perfeita.

Bastava examiná-lo de longe para saber que ele estava ótimo e saudável, mas apenas em aspectos superficiais.

— Quando foi a última vez que você fez um check-up?

— Faz dois meses, sob a orientação de um conhecido médico de Nova York. Posso providenciar os laudos, ou, se quiser exa­minar mais alguma coisa...

Seria muito divertido, aliás.

— Não será necessário.

Demi se esforçou para lembrar o que mais continha no for­mulário da clinica de fertilidade, mas se lembrou apenas de uma:

— Quais são seus hobbies?

Como se isso fizesse alguma diferença, mas era tarde de­mais para desfazer a pergunta.

— Gosto de esquiar nos Pirineus. Aliás, foi assim que conhe­ci seu primo Daniel. Gosto de ir para os Alpes também.

— Onde você estudou?

— Na França.

— Então, você fala francês.

— Sim, além de algumas outras línguas.

Demi bem sabia da proficiência da língua dele, muito mais do que deveria.

— Então, se tivermos sorte e eu engravidar...

— Teremos muito sucesso. Meu pai teve cinco filhos e três filhas. Meus irmãos e irmãs também têm muitos filhos. Acho que não teremos problemas nesse aspecto.

Demi estava apenas interessada em um bebê, e não em uma ninhada.

— Espero que tenha razão sobre sua fertilidade. Isso quer di­zer que bastará uma vez para que eu fique grávida.

— Admiro seu otimismo, Demi, mas acho que devemos fa­zer várias tentativas.

O fato era que ela não tinha certeza se sobreviveria a mais de uma tentativa, ainda mais se ele correspondesse aos seus sonhos eróticos.

— Só se for preciso. Depois que eu ficar grávida, prefiro manter uma relação platônica.

Com aquela certeza, Demi achou que ele desistiria do intui­to de levá-la para cama várias vezes.

— Você não quer que eu a toque depois que ficar grávida?

— Acho que será melhor.

Pela expressão de espanto de Joe, ficou claro que não acre­ditava no que acabara de ouvir.

— Por mim, tudo bem.

Ele tinha concordado muito rápido. Tinha sido fácil demais.

— Ótimo.

— A não ser que você me peça.

Demi tinha pensado em tudo, menos naquela resposta.

— Acho que devemos ir logo com isso... Quero dizer, com a cerimônia do casamento.

— Por que a pressa?

Demi se sentiu na iminência de um ataque de gagueira, por isso respirou fundo e se sentou sobre as mãos, para evitar que a tremedeira fosse evidente.

— A... fertilização... — Não era um bom começo, pois parecia que estava tratando de um jardim. — Estarei no meu período fér­til nos próximos quatro dias. Acho que podemos usar o grama­do do cartório... — Que droga! — Nada disso, estou me referindo a nos casarmos no civil.

Joe divertia-se com a falta de jeito de Demi.

— Acho que não é muito apropriado fazer amor no jardim do cartório, mas podemos achar um lugar aconchegante atrás de uma cerca viva.

No mesmo instante, imagens dos dois fazendo amor em um lugar imprevisível, escondidos, povoaram a mente de Demi. Não, não fariam amor, corrigiu-se. Amor não fazia parte do acordo, e jamais faria.

— Se eu aceitar, você cuida dos preparativos ou quer deixar essa parte comigo?

— Quer que eu encontre uma cerca viva? — indagou ele, exi­bindo de novo o sorriso irônico.

Era evidente que ele estava determinado a deixá-la sem gra­ça, principalmente depois do casamento. Por isso, era preciso colocar alguns limites.

— Estou me referindo às providências do casamento.

— Pode deixar que eu arrumo tudo.

— Isso quer dizer que não você não vê problemas em nos casarmos dentro de quatro dias?

— Será um prazer reformular meus horários para tanto.

Bem, parecia que ele tinha entendido. Mesmo assim, ela sentiu uma pontada no coração, pois nunca se imaginara casan­do numa cerimônia rápida num cartório qualquer. Mas aqueles eram sonhos antigos e fora de moda que não faziam mais senti­do, muito distintos da realidade.

— Quero que nosso compromisso seja documentado.

— Você não confia em mim? — ele perguntou, num tom solene.

O fato era que Demi não confiava nela mesma quando estavam juntos,

— Acho que seria aconselhável.

— Tudo bem, vou preparar o acordo pré-nupcial.

— Inclua também a possibilidade da separação depois que a criança tiver nascido.

Naquele momento, Joe contraiu o rosto, mostrando-se visi­velmente abalado.

— Fique tranquila, vou incluir essa cláusula.

— Ótimo. Estamos combinados então — disse ela, levantando-se.

— Então você já decidiu? — ele perguntou, ficando em pé também.

— Sim, eu aceito.

Pronto, não tinha sido tão doloroso assim.

Joe colocou as mãos no bolso como se fosse a maneira mais fácil de controlá-las. Demi já não pode fazer o mesmo, pois a saia não tinha bolsos. Não que quisesse tocá-lo. Ou talvez um carinho rápido...

— Fico feliz que você tenha percebido que nosso casamento será bem vantajoso — concluiu ele, com ar de vitorioso.

Demi via apenas uma vantagem: a concepção.

— Ah, mais uma coisa. Será possível marcar o casamento para o horário do almoço?

— Sem problemas para mim. Assim podemos passar o resto da tarde tentando atingir nosso objetivo.

Se aquilo fosse dito por qualquer outra pessoa, soaria bem comercial; mas, em se tratando de Joe, era um evidente convite ao pecado.

— Eu trabalho à tarde na sorveteria.

— Você não pode tirar a tarde de folga?

Demi lembrou que Miley estaria viajando. Tinha telefonado para os Calderone, que ficaram felizes em receber visitas. Esta­va ludo marcado, menos o dia e a hora da partida. Seria ótimo se Miley pudesse ser sua testemunha de casamento. No entanto, se ela partisse naquele mesmo dia, não teria ninguém para ficar na sorveteria, a não ser que alguém quisesse se submeter a uma jornada dupla. Deixaria para resolver isso mais tarde. Naquele momento, precisava voltar ao trabalho antes que desconfiassem da sua ausência.

— Demi, você está preocupada com alguma coisa?

Ela parou de divagar e olhou para Joe, que a estudava atentamente.

— Estou pensando no trabalho e como farei para tirar a tarde livre no dia do casamento.

— Ótimo. Não vejo razão para adiar a lua de mel.

Lua de mel? Bem, não deixava de ser verdade.

— É melhor voltar para a sorveteria agora. Já estou atrasada.

Demi já estava imaginando como seria estar na cama com ele em detalhes. Seria péssimo se ele notasse que já sentia um calor inesperado. Com passos apressados, chegou à porta da suíte antes que ele a chamasse.

— Sim?

— Acho que deveríamos selar nosso acordo com um beijo.

Pelo menos dessa vez ele tinha pedido permissão.

— Você acha que é mesmo necessário? — perguntou ela, usan­do as mãos para falar.

— Acho que é bom para nos familiarizarmos um pouco antes de irmos para a cama juntos. Se meus beijos continuarem a deixá-la nervosa, será muito pior quando fizermos amor.

Os olhos traidores de Demi direcionaram-se para a cama logo atrás de Joe.

— Seus beijos não me deixam nervosa — disse ela, mas a voz insegura a traía.

Quando ele se aproximou, Demi sentiu os lábios tremerem e as mãos se mexerem sozinhas de novo.

— Vamos simplificar, está bem? Isso é um acordo mais ou menos comercial e...

Joe beijou-a, impedindo-a de terminar a frase.

— Viu, você está nervosa, Demi.

— Claro que não.

Mentira deslavada. Sem se intimidar pela postura dela, Joe tomou-lhe as mãos e beijou-as.

— Não fique tão ansiosa. Prometo que vou tratá-la com muito carinho.

— Ora, não sou feita de porcelana. — Pior, naquele momento, ela se sentia como um cristal fino, prestes a se quebrar se ele a beijasse de novo.

Joe se inclinou para frente, parando à distância de um suspi­ro dos lábios dela, que estavam ainda mais trêmulos.

— Serei gentil com minhas mãos.

Aquela voz sonora e aveludada ameaçava roubar os sentidos de Demi, que tensionou os músculos para não desmaiar.

— Contanto que cumpra sua parte no acordo — disse ela, de- fendendo-se do poder de sedução de Joe com toda ironia que pôde.

— Isso eu posso garantir — ele disse, quase em um sussurro.

Sem dizer mais nada, Joe encarou-a no fundo dos olhos por um longo minuto. Enquanto isso, ela se preparou para o beijo iminente, que por alguma razão inexplicável, não aconteceu.

Mas Demi tinha pressa e não hesitou em tomar a iniciativa. Mal teve tempo se conscientizar do desejo que passou a re­ger seus movimentos. Os lábios carnudos de Joe semiabertos eram um convite irrecusável para ser explorados por sua língua afoita.

Quando Joe a abraçou, correspondendo ao carinho com en­tusiasmo, Demi sentiu esvaírem-se suas últimas resistências.

E só um beijo... Só um beijo...

Um segundo depois estavam apoiados na parede, beijando-se como se fosse a última vez. Demi percebeu que as pos­síveis barreiras que a deixavam inseguras desmoronaram, e foi preciso muita força para não enlaçá-lo com as pernas na cintura e senti-lo com maior intimidade.

As mãos grandes de Joe viajaram pelas curvas dos quadris dela e no alto das coxas bem torneadas. Ao mesmo tempo, Demi o acariciava nas costas, ameaçando descer as mãos para as ná­degas firmes.

Aos poucos o beijo se aprofundou, as línguas dançavam num bailado insaciável. Joe cobria o corpo feminino com ca­rinhos suaves, subindo pela cintura, até parar pouco antes dos seios, com movimentos circulares e gentis, apenas insinuando tomá-los com as mãos em concha.

Os corpos se roçavam com uma fúria incontida. Demi sentiu a pele levantar em suaves arrepios, quando percebeu o membro intumescido de Joe pressionar-lhe as coxas. Se não reunisse forças para impedi-lo, aquela insanidade se consuMiley sem a menor cerimônia. Ou seja, sem a cerimônia de casamento.

Entretanto, não foi ela quem terminou o beijo, mas Joe.

— Acho que isso foi bem mais eficaz que um aperto de mãos

— disse ele, ainda prendendo-a com os braços fortes, para soltá-la em seguida e observá-la da cabeça aos pés.

Demi imaginou como estaria sua aparência. O batom prova­velmente borrado e mechas do cabelo desarrumado emolduran­do o rosto. Enquanto isso, Joe continuava impecável, com as mãos nos bolsos novamente e um sorriso irresistível nos lábios.

Ela passou os dedos no cabelo, ajeitou a blusa e pegou a bolsa caída no chão.

— Preciso ir agora. Espero por notícias suas. Obrigada.

Foram palavras frias de despedida que nada se assemelha­vam ao beijo apaixonado de minutos antes.

— Tomara que nos encontremos antes de nos vermos no altar.

O sorriso de Joe desconstruía qualquer resistência, mas ela conseguiu se manter firme.

— Acho melhor que isso não aconteça.

— Você acha que não conseguiríamos parar em apenas um beijo?

Exatamente.

— Estarei muito ocupada nos próximos dias.

— Como quiser, Demi. — Ele consentiu com um sinal de ca­beça. — Vou procurar me manter atarefado também, mas sei que não vou deixar de pensar em nós dois.

Demi sentiu aquelas palavras como se fossem uma carícia e soube que precisava sair dali com urgência.

— Telefone quando estiver tudo pronto — pediu, já com a mão na maçaneta da porta.

E, sem ouvir a resposta, fechou a porta atrás de si sem olhar para trás, ciente de que também não pensaria em outra coisa senão naquele beijo e nos que estavam por vir.





— Pode beijar a noiva.

Parecia impossível que, depois de tanta expectativa dos últi­mos três dias e das noites sem dormir, tudo se resumisse àquele momento.

Tinham assinado o acordo pré-nupcial havia algumas horas, mas Demi ainda tinha dúvidas se tinha dado o passo certo. Mas era tarde demais para voltar atrás.

Olhou para a juíza e para o sheik Joe Jonas-Saalen, seu ma­rido. Deus do céu.

Esperava encontrar uma expressão de vitória no rosto dele, mas o que viu foi um brilho de hesitação naqueles olhos escuros. Talvez ele também tivesse dúvidas se estavam agin­do certo.

Demi aguardou ansiosa que os primos Daniel e Miley assi­nassem os documentos. Joe tinha apenas roçado os lábios nos dela, mas apertou-lhe a mão, que agora exibia uma aliança de pedras preciosas e diamantes. Joe tinha dito que a joia per­tencera a sua mãe, a rainha de Zhamyr. E, naquele momento, ornava o dedo de Demi, uma mulher que passava bem longe da realeza.

Joe, por sua vez, tinha se recusado a usar uma aliança que fosse. Ela achou estranho, mas concluiu que um casamento ar­ranjado não devia seguir as tradições de uma união tradicional. Se fosse em outra circunstância, exigiria que ele usasse para que outras mulheres soubessem que ele estava fora do mercado.

— Bem-vindo à família — cumprimentou Daniel, batendo nas costas de Joe.

— Fico feliz por sermos membros da mesma família. — Joe apertou a mão de Daniel.

Miley devolveu a Demi o buquê de rosas que Joe a tinha presenteado antes do casamento.

— Você se tomou uma linda noiva.

Demi pegou o buquê e dirigiu um olhar cúmplice à prima.

— E você também será um dia.

— Espero que sim. — Miley olhou para Daniel e Joe, que ain­da conversavam. — Preciso ir — sussurrou ela.

— É verdade. — E, virando-se para Joe, avisou: — Vou ao toalete. — Pelo menos ali estariam seguras. Ou pelo menos era o que achava, mas achou melhor enfatizar. — Podemos nos encon­trar lá na frente do prédio daqui a pouco.

— Atrás da cerca viva? — Joe perguntou, com um sorriso zombeteiro.

Patife. Mas também muito sexy e seguro.

— Nas escadas.

— Como quiser, minha linda esposa — respondeu ele, fazendo uma reverência.

Esposa, Demi repetiu, sabendo que seria difícil se acos­tumar a ser chamada como tal, mesmo que fosse por pouco tempo.

Enquanto seguia Miley pelo corredor, pensou que também teria de se acostumar com a rotina ao lado dele e... na noite de núpcias. Sentiu o corpo tremer diante do fato de que logo esta- riam juntos na cama fazendo amor.

Por sorte, o toalete estava vazio, e as duas puderam conver­sar antes da partida de Miley para Montana.

— Você está com as passagens do trem? — Demi indagou.

— Bem aqui — respondeu Miley, com um tapinha na bolsa. — O trem parte às três horas da tarde e devo chegar a Silver Valley depois de amanhã de ônibus. Liguei para o Louis e ele disse que me buscaria na estação. Ele foi tão gentil. Não sei como agradecer sua indicação.

— Mande um abraço para Louis e Magdalene por mim. — Demi abraçou Miley. — Cuide-se, está bem?

Com as costas da mão, Miley enxugou as lágrimas do rosto.

— Ligo assim que chegar.

— Faça isso e pare de chorar — Demi pediu, segurando as lágrimas também. — Assim vou manchar meu vestido de noiva.

— Um vestido simples de cetim que ela tinha comprado antes de dizer “sim” ao sheik um dia depois de ter resolvido mudar sua vida casando-se com um homem que mal conhecia.

— Cuide-se você também. Demi, mantenha o coração aber­to, não se pode prever o que será desse casamento.

— Espero que um bebê.

E nada mais. Demi pensou que podia até manter a mente aberta, mas o coração? Não, era perigoso demais. Perigoso e tão prazeroso quanto passar horas nos braços de Joe.

Seu marido.

Uau!

By Karoline Nunes

Oieeeeeeeee nossa tô tão feliz que estão gostando da fic
Minha mente tá trabalhando a mil por hora para sempre surpreender vocês
Juro não demorar muito a postar até por que tô quase terminando a minha outra fic  no MEU BLOG...
Ai vou me dedicar totalmente para essa,custumo postar rápido eu juro!
Vou contar uma fofoca para vocês a Demi vai ser uma vilã na minha próxima histori tô tão animada...kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Mais vamos responder aos comentários ...
Giulianna- Obrigada você e uma querida
Juh Lovato- Jujuba me desculpa,sabe que eu não fico sem você né
Iza Moraes- Iza numero 3,obrigada lindona tia ama demais viu
Alesandrademi- Ois coisa rica,tomara que eu tenha matado um pouquinho a sua curiosidade
ah adoro as curiosas elas deixão comentários que sempre me dão ideias kkkkkk
Anna-Onw e eu tô amando ter você como leitora sua linda
Jess!e- Eu diva eu oxe divinamente diva e você...
Digamos assim companheira que eu amo um Grey um Cross e por assim vai
Então meio que minha especialidade eo Hot eu escrevo cada um kkkkkkkk
mais ando meio lithg mais o hot vai chegar kkkkkkkkkkkkkkkk
Maricota e Iza minha nora sei que estão acompanhando a fic mais anônimos não podem comentar,mais mesmo assim muito obrigda vc são minha família.Já pedi para as administradoras se possível liberar geral...
Beeeeeeeeeeeeijos amores

5 comentários:

  1. Primeira!
    Eu acho kkkkk
    Ve se pode! Como vc faz isso comigo?
    Para agora? Kkkkk
    E legal ler essa fic escutando Come and Get It ;)
    Voltando... Eita potencia esse Joseph viu! Kkk
    Vou te contar uma coisa... Eu invejo os hots que você escreve kkkk de verdade cara, você escreve numa facilidade que *o* meu Deus! Grey e Cross sua safada kkkkkkkk agora sei da onde vem tanta inspiração kkkk eles são muito quentes! Assim eu tenho um ataque.
    Posta logoooooo
    Eu to doidinha pelo proximo *----*

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  2. Meu Deus, que capítulo maravilhoso.
    Maravilhoso igual ao Joseph, óbvio.
    Não estou conseguindo respirar até agora por causa dos casal Joe e Demetria. Cade o ar?
    Poste logo =)

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  3. Hum... Essa Demi se faz de difícil, mas está doida para consumar esse casamento que eu sei, senão não teria se casado tão rápido! u.u kkkkkkkk Cara, que fofa a Miley gravidinha *-* Estou com pena dela pela situação que está... :( Tomara que tudo se resolva!
    Ah, o Nick vai aparecer nessa história? Vai ser Niley ou o casal vai ser o Steven e a Miley?
    Posta logo, esta muito bom!
    Beijos!

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  4. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa agra posso comentar aqui u.u
    Tiaaaaaaaaaaa sua linda , qe capitulo foi esse gente ?? E eu tbm to cm a curiosidade da Fofolety !! Faz Niley tiia ( sim, se vc ainda nao percebeu sou fanatica pelo casal tbm *-* ) kkkkkk
    Haha sinto cheiro de Hot no ar o/
    Bjocas da Mari Maricota (:

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