CAPÍTULO
SETE
O medo
que o dominou quando soube da gravidez de Demi foi uma surpresa para Joe. Devia
estar abraçando-a, celebrando o nascimento de seu filho, mas, em vez disso,
tinha fugido para seu escritório.
Fazia alguns anos que
tinha aprendido que era preciso ficar sozinho para manter o foco. Contudo, a
imagem da felicidade de Demi não lhe saía da cabeça. Só pensava em tomá-la nos
braços, beijá-la ardorosamente e levá-la para cama para comemorar.
Tinha fugido por medo
de Demi abandoná-lo antes mesmo do que o previsto no acordo. Havia algum tempo
tinha sido traído por uma mulher que amava com todas suas forças, alguém que
tinha aceitado o dinheiro de seu pai para deixá-lo. Tinha sido difícil, mas
conseguira sobreviver, prometendo a si mesmo que não repetiria o erro de se
deixar levar pelas emoções. Até então, tinha dado certo. Até conhecer Demi.
De algum jeito era preciso
convencê-la de que poderiam ter um futuro sólido, talvez até uma relação
baseada no amor. Para tanto, tinha que dedicar a ela todo o carinho e devoção.
Resoluto, Joe desligou
o computador, deixou de lado uma pasta de documentos e saiu na direção da suíte.
Vestida em uma camisola
simples de algodão, Demi estava sentada com a cabeça baixa e um livro velho de
capa preta no colo. Ao ouvir o ruído, ela levantou os olhos marejados. Uma onda
súbita de arrependimento e desejo de protegê-la o impeliu para frente, para
abraçá-la.
— Lamento
muito, Demi. Agi como um desalmado.
Ela enxugou as lágrimas
com as costas das mãos, antes de dizer:
— Esse
é o diário da minha avó. Eu estava lendo a parte em que ela conta que tinha
roubado meu pai do hospital, mesmo sabendo que era errado.
Joe já havia ouvido a
história de Daniel, sabia da morte dos pais de Demi no ano anterior, mas, mesmo
assim, ficou abalado com o que acabara de ouvir.
— Ela
escolheu ficar com a criança que não era legalmente sua.
— Sim,
mas precisou carregar o peso da culpa. Isso não a inocenta, mas eu a perdoo.
Sinto muito não ter dito isso a ela antes de sua morte.
Joe afastou uma mecha
de cabelo do rosto dela, repleto de lágrimas.
— Você
a amava muito, não é?
— Com
todo o meu coração.
— I’lli faat maat — disse ele.
— O
que isso significa?
— O
passado está morto. Águas passadas não movem moinho.
Palavras sábias de
alguém que tinha sido incapaz de seguir o próprio conselho e perdoar o pai.
Talvez jamais o perdoasse.
— Meus
avós foram maravilhosos. Eu não teria tido uma mãe e um pai melhores — disse
ela, depois de respirar fundo. — E agora não posso nem participar que estou
grávida.
Joe abraçou-a com mais
força, com mais remorso do que antes.
— Conte comigo, Demi.
Estarei sempre ao seu lado e do bebê.
— Será que você pode
ficar assim comigo mais um pouco? — pediu ela, com um olhar de súplica.
— Sem dúvida.
Demi tirou a colcha e o
puxou para deitar sobre o travesseiro. Joe sabia que seria um teste definitivo
de força de vontade. Soltando-a um pouco, tirou apenas a camisa e os sapatos,
achando melhor ser cauteloso.
Aninharam-se na cama,
pernas encaixadas, e Joe enlaçando a pela cintura. Foi preciso lutar contra o
desejo e a urgência em se despir inteiro, amoldar aqueles seios nas mãos em concha
e livrá-la da camisola para sentir a pele nua contra a sua. Mas sabia que ela
queria apenas o aconchego, e nada mais.
Não demorou que a
respiração de Demi ficasse mais pausada, indicando que tinha pegado no sono. Joe
ainda estava com os músculos túrgidos e o coração prestes a liberar uma emoção
que tinha suprimido durante tantos anos. Assegurando-se de que ela estava de
fato dormindo, pousou a mão sobre o ventre que abrigava o filho.
Depois de conhecer Demi
tinha voltado a ter esperanças de uma vida nova e de perpetuar seu legado.
Todas as suas resistências foram minando à medida que se desfazia a carcaça
emocional. O sheik Joe Jonas-Saalen, que não se curvava a ninguém, estava em
perigo iminente de ceder à esposa uma parte de seu coração, mesmo sabendo que
havia o risco de ela o abandonar. Para que a história não se repetisse, estava
disposto a não pressioná-la a fazer amor. Proveria conforto e segurança até que
ganhasse a confiança de Demi. Quem sabe um dia tudo isso se revertesse a seu
favor.
Demi estava perplexa
com seu bem-estar naquela semana. O médico tinha dito que ela podia sentir
sono, mas seu nível de energia estava ótimo. Verdade fosse dita: ela demorava a
pegar no sono por estar sempre nos braços de Joe desde que ele tinha voltado de
viagem. Tinha sido um trabalho penoso convencê-lo a usar ao menos a calça, já
que ele se recusava a vestir a blusa do pijama.
Depois de tudo, era de
se admirar que ele se contentasse em ficar abraçado apenas. Não foram poucas as
vezes em que quase sucumbiu à urgência de pedir que fizessem amor. O orgulho a
tinha ajudado a se manter firme, mas o motivo maior era a preocupação de se
afeiçoar demais. Por uma razão ou outra, tinha evitado qualquer contato físico
maior, o que a estava deixando louca. Especialmente naquela noite.
Enquanto estava
terminando de lavar a louça na recém-reformada cozinha, Joe veio lhe fazer
companhia logo após o banho. Estava acostumada ao ligeiro tremor que sentia ao
vê-lo, e naquela noite não foi diferente, ainda mais por ele estar irresistível
com uma calça de pijama branca.
O perfume discreto da
loção pós-barba serviu como um estopim para a libido de Demi, deixando-a com
vontade de se atirar nos braços dele. Tudo o que ele dizia, mesmo sobre o dia
de trabalho, soava como música nos ouvidos dela.
— Como
tem se sentido? — ele perguntou, enquanto secava a última panela.
Como uma libertina com
pensamentos fixos no quarto de dormir.
— Estou
bem, mas tive um desejo hoje. Não ria.
— Vou
tentar.
— Azeitonas.
Eu estava trabalhando quando senti um desejo enorme. E não queria apenas uma,
mas o jarro inteiro.
— De
fato é um desejo estranho — disse ele, reprimindo um sorriso.
Se ele soubesse de seus
outros desejos, não se surpreenderia tanto.
— Fico feliz que você
esteja bem, mas acho que está trabalhando demais na sorveteria e na reforma
aqui em casa.
— Até agora não tem
sido problema, tenho energia sobrando — disse ela, dando de ombros.
— Bem, os novos
eletrodomésticos chegam no fim da semana, assim não precisaremos mais lavar
louça, pelo menos. Estou pensando em contratar uma governanta.
Demi teve vontade de
confessar que gostava daquela rotina noturna, quando tinham oportunidade de
conversar e ficar juntos. Aos poucos o conhecia melhor, apesar de ainda restar
uma centelha de mistério o envolvendo que atiçava sua curiosidade.
— Não
ligo para lavar a louça de nós dois apenas. Acho que não precisamos de mais
ninguém.
— A
casa é grande, Demi. Quando o bebê chegar, você não terá tempo para todos os
afazeres.
— Tem
razão, acho que seria bom ter ajuda — comentou ela, colocando o último prato no
escorredor.
— Vou
começar as entrevistas logo que possível.
— Gostaria de
participar do processo — Demi pediu, encostando as mãos molhadas na pia.
— Você
não confia em mim?
— Não
é isso — respondeu ela com um sorriso. — E se eu quiser contratar um rapaz?
Joe apertou os olhos
para fitá-la e engoliu em seco.
— Você
está falando sério?
— Claro.
Por que não? Você não está me ajudando com a louça? E está se saindo muito bem.
Joe deu um sorriso de
lado e mudou o tom de voz.
— Gosto
muito de trabalhar com as mãos, apesar de nunca as ter usado para lavar louça.
Demi estava mais
interessada que ele usasse as mãos em seu corpo. Como se tivesse lido seus
pensamentos, Joe deixou o pano de prato sobre a pia e a enlaçou pelas costas.
A proximidade a fez
suspirar e reprimir a vontade de confessar que queria fazer amor ali mesmo, no
chão, em cima da bancada, contra a geladeira, qualquer coisa que acalmasse seus
hormônios. Na verdade, seu desejo podia se resumir naquilo mesmo, uma corrente
de hormônios da gravidez. Pelo menos era mais lógico pensar assim.
— Quais
os serviços que você vai pedir ao empregado? — indagou ele, divertindo-se com
a insinuação.
Demi olhou para ele por
cima do ombro.
— Ah,
coisinhas como passar o pano no chão, aspirar e, claro, massagens ocasionais.
Aceitando o discreto
desafio, Joe apertou os ombros dela de leve, seguindo até a base do pescoço. Demi
inclinou a cabeça para facilitar o acesso.
— Humm,
até que você se vira bem nesse quesito.
— Só
isso?
— Tudo
bem, você é ótimo, principalmente quando acerta o ponto de tensão.
Se bem que ele estava
bem longe de estar no lugar certo, mas bastaria uma sugestão para que ele
satisfizesse suas vontades completamente. Como se de fato ouvisse o clamor de
seu corpo, Joe deslizou as mãos até o cós da calça.
— Aqui é melhor?
Sem pensar nas consequências,
Demi puxou as mãos dele para cima, pousando-as em seus seios, e recostou-se ao
peito forte.
— Acho que preciso de
um pouco de atenção aqui...
Sentir aqueles músculos
firmes contra a pele e as mãos habilidosas apertando-lhe os mamilos foi o
gatilho para que todos os seus desejos aflorassem.
— Está
bom assim?
— Quase...
— Onde mais você
precisa de atenção?
A respiração quente de Joe
a acariciava no pescoço, despertando seus mais íntimos anseios.
— Quero... — ela
começou a dizer, conforme levava uma das mãos dele até seu baixo-ventre.
— Confesse seus
desejos.
O pedido a fez tremer e
ficar mais ousada. Assim, virou-se e entremeou os dedos nos cabelos úmidos
dele.
— Preciso de você, Joe,
em todos os sentidos.
— Seja mais específica.
Joe sabia exatamente o
que ela pedia, mas queria ouvi-la verbalizar o desejo.
— Quero
fazer amor com você.
Afastando-lhe o cabelo
do ombro, revelando a pele alva, ele trilhou uma sequencia de beijos rápidos
até o pescoço.
— Bem, então é melhor
irmos para o quarto.
O quarto era íntimo
demais, pensou ela. Se fizessem amor na cozinha seria mais impessoal, apenas
sexo, nada a ver com sentimentos. Talvez assim fosse possível pensar que estava
apenas satisfazendo seus instintos básicos, deixando o coração de lado.
— Esqueça
a cama... — ela pediu, encostando-se mais e percebendo que ele já estava
pronto. Nenhuma novidade. — Não quero esperar nem mais um segundo. Meu médico
disse que não há problema em fazer amor.
— Você
foi ao médico?
— Sim,
hoje de manhã.
Joe virou-a de repente
para encará-la.
— Você
nem pensou em me chamar para acompanhá-la?
Pronto, o momento
íntimo tinha terminado.
— Houve um cancelamento
de última hora e fui chamada. Era pegar ou esperar até o mês que vem. Além do
mais, você estava ocupado, e essa foi a primeira de uma série de consultas.
— Exatamente por isso
que eu devia ter ido. Trabalho nenhum me impediria de acompanhar você.
Demi estava tão
acostumada a fazer tudo sozinha que nem cogitou que uma consulta médica tivesse
tamanha importância.
— Foi
apenas um exame de rotina. Está tudo bem. Venha comigo no mês que vem, quando
farei uma ultrassonografia.
Joe saiu da cozinha com
passos duros sem dizer mais nada. Demi correu para alcançá-lo, frustrada por
ele sempre parecer fugir quando o assunto o perturbava demais. Mas não permitiria
dessa vez.
— Aonde
você vai?
— Preciso
de ar fresco.
Assim dizendo, entrou
no quarto, abriu as portas de correr e saiu para o terraço, detendo-se no muro
de tijolos para observar o porto.
Demi notou que seus
dedos estavam esbranquiçados, tamanha era a força com que segurava a mureta.
— Ah,
então é assim, não é? Pedi para que fizesse amor comigo, exatamente como você
havia previsto, e você perde o interesse de repente?
— Talvez
não esteja de bom humor.
Demi forçou o riso
alto.
— Seu
humor estava ótimo quando começamos essa conversa na cozinha.
Joe estava de perfil,
mas o maxilar contraído demonstrava sua raiva.
— Não
nego que a desejo, mas também estou chateado por você não ter me chamado para
ir ao médico.
— Sinto
muito, Joe. — E estava sendo sincera. — Não sei mais o que dizer.
Ele deu um breve olhar
para o lado para depois voltar a atenção para o mar.
— Gostaria que, daqui
para frente, não se esquecesse de me chamar para tudo que envolva nosso filho.
Em qualquer outra
situação, Demi teria discordado, mas não queria que a noite terminasse com
palavras amargas e ressentimentos. Ainda tinha esperanças de se perder nos
braços dele, onde podia liberar toda a paixão que lhe oprimia o peito. Prometo
que isso não vai mais acontecer.
— Ótimo.
— Com
esse assunto resolvido, podemos continuar do ponto em que paramos na cozinha? —
pediu ela, engolindo o orgulho.
O coração
de Demi se contraiu quando ela o viu se afastar da mureta sem demonstrar a
menor intenção de concordar. Mas acabou voltando e a abraçando por trás.
— É
uma vista linda, não é?
E quem queria saber de
vista? Ela não estava interessada em nada além de fazer amor. Ficar abraçada
apenas não aplacaria suas pretensões. No entanto, a possibilidade de ser
rejeitada mais uma vez a impediu de externar qualquer desejo.
— É verdade, quem
projetou essa casa fez um ótimo trabalho.
— Eu
soube que o dono foi um capitão. Ele costumava viajar por meses seguidos e
acredito que sua mulher esperava por ele bem aqui.
— É
uma visão bem romântica.
Contanto que estivessem
apaixonados, pensou Demi. Mas era bom saber que uma história de amor se
desenrolara no mesmo lugar em que estavam naquele momento, ainda mais quando
o futuro deles se resumia a um grande ponto de interrogação.
— Fico imaginando como
eram os reencontros depois de muito tempo separados — comentou ele, insinuando
a mão pelo decote do roupão dela e acariciando-lhe o seio.
A única coisa em que Demi
podia pensar naquele momento era o efeito mágico da carícia, mas decidiu não se
mover e deixar que ele regesse os movimentos dali para frente.
— Se
nenhum dos dois arrumou amante durante o período separados, o encontro deve ter
sido uma explosão.
— Ele
não precisava de outra amante. — As mãos de Joe passaram a afagá-la com mais
ousadia, apertando-lhe os mamilos.
—
A esposa devia provê-lo de todo o necessário e ela também não precisava de
nenhum outro homem.
— Isso
porque ele deve ter sido um amante incrível.
— E
que sabia satisfazer a esposa com maestria — disse ele, agora insinuando descer
as mãos por dentro da costura da calça.
Demi sentiu arrepios
antecipatórios por todo o corpo.
— Você
não acha melhor irmos para o quarto?
— Talvez
o casal nunca tenha passado dessa varanda, ou por isso tenham construído essa
mureta — disse ele, deixando de delinear a orelha de Demi com a ponta da
língua. — Acho que tinham pressa.
— Entendo
a razão.
A voz de Demi estava
rouca, e tinha na mente a visão de estarem fazendo amor ali mesmo.
— Talvez
por isso tenham construído essa mureta, que oferece a posição ideal se
estivermos de pé, mas com o risco de algum marinheiro nos ver lá do porto.
— Só
se ele tiver um binóculo potente, mas acho que ainda não tinham inventado um
naquela época — disse Demi, feliz em dar um argumento coerente em meio a tantas
emoções contidas.
— Mas
agora... — Joe passou o dedo de leve sobre o final do ventre dela, levando-a
tremer de prazer. — Quem sabe não tem alguém nos vendo agora?
Mas Demi não desejava a
presença de mais ninguém.
— Acho que não. Estamos
bem escondidos. Não daria para ver o que estamos fazendo.
Joe deslizou os dedos
sobre os pelos alojados entre as pernas dela.
— Acredito que seja
possível adivinhar.
Demi gemeu conforme ele
insinuava-lhe o dedo pelos músculos mais íntimos.
— Como? — sussurrou
ela.
Joe se empenhou a
massageá-la em seu ponto mais sensível, levando-a dobrar as pernas de tanto
prazer.
Mesmo que ele não veja
minhas mãos, pode adivinhar pela expressão do seu rosto.
Além da massagem
extasiante, a possibilidade de alguém de fatos os estar observando aumentou
ainda mais a excitação de ambos.
— Ele
saberá que a estou tocando e terá inveja de mim.
A voz gutural em um tom
hipnótico e as palavras sussurradas tiveram o mesmo efeito em Demi que as mãos
habilidosas de Joe. Ele tinha como aliada a brisa que batia nos corpos
ardentes, intensificando as sensações.
Imagine o que ele está
pensando ao traduzir a expressão do seu rosto, Demi, sabendo que você está
prestes a atingir o orgasmo?
Demi já estava com o
corpo lânguido, que se balançava ao sabor do desejo. Tentou se virar, mas ele
não permitiu. Na verdade, queria senti-lo em toda sua plenitude, dominando-a
com uma força gentil. Quase desfaleceu de prazer quando ele apressou as
carícias, mas não muito. A calma de sempre se transformara em uma doce
tortura.
No tempo exato, antes
que ela ensandecesse, ele a tocou com dedos ágeis em movimentos circulares e
firmes que quase a levaram ao ápice, mas ela se conteve, pois queria prolongar
aquela sensação acachapante. No entanto, seu esforço foi em vão, pois Joe soube
o momento certo para tocá-la no ponto precioso com a perícia de um cirurgião,
levando-a a gemer alto enquanto viajava ramo às estrelas.
Ainda ofegante, deixou
de sentir a presença dele e olhou para trás por cima dos ombros mais uma vez
para encontrá-lo lutando para se despir o mais rápido possível. No segundo seguinte
estavam se beijando loucamente. Enquanto a explorava com a língua ávida, Joe a
posicionou de costas.
— Apoie os braços na
mureta.
Ela obedeceu, mas olhou
por cima dos ombros desconfiada.
— Tem
certeza...
— Há
várias maneiras de se fazer amor, querida — disse ele enquanto se encaixava
entre as coxas macias. — Confie em mim.
Demi confiou e não se
arrependeu, quando ele a segurou pelos quadris e a guiou naquela expedição
rumo ao prazer absoluto. Foi preciso apoiar a cabeça nos braços para melhor
absorver o mosaico de sensações insólitas, enquanto Joe a penetrava, ao mesmo
tempo em que acariciava sua intimidade mais uma vez.
Com os sentidos todos aguçados,
Demi ouviu o som das ondas que preguiçosamente lambiam a areia a poucos metros
dali. Misturada a essa melodia, ouviu a voz rouca de Joe sussurrar palavras que
não entendeu, mas que tinham todo o significado quando acompanhadas pelos
movimentos cadenciados, como se estivessem valsando, suave e lentamente. Unidos
como que fundidos num só corpo, imprimiram um ritmo mais rápido àquele bailado,
incorporando a sensualidade de um tango.
Demi chegou a mais um
orgasmo depois de ouvi-lo dizer seu nome e acompanhá-la naquela loucura.
Exausto, Joe apoiou a cabeça nas costas dela antes de levantá-la e virá-la para
si. Abraçaram-se experimentando o doce roçar dos corpos úmidos e saciados.
O céu
tinha assumido a coloração única de cinza com rajadas de tons de rosa,
amparando algumas estrelas solitárias e as luzes do porto. Um vento frio tomou
lugar da brisa suave, mas Demi não se preocupou. Se fosse possível, ficaria
abraçada a Joe durante uma eternidade.
Quando ele tensionou os
braços, Demi olhou para trás para encontrá-lo com uma expressão de preocupação.
— O que foi?
— Acho que fui
impetuoso demais, dada a sua condição.
Ela simplesmente ficou na ponta dos pés e o
beijou rapidamente.
— Garanto que está tudo
bem — ela o acalmou e beijou-lhe os lábios rapidamente.
— Eu
devia ter sido mais cuidadoso.
— Não se preocupe, Joe,
o bebê deve ter o tamanho de uma noz. Deixe para se preocupar quando ele
estiver maior. — Demi riu ao se imaginar imensa. — Talvez seja eu quem deva ser
mais cuidadosa.
Joe, finalmente, sorriu
e relaxou.
— Isso quer dizer que
teremos outros momentos iguais a esse?
Como resistir? Como
poderia desistir do que ele acabara de proporcionar? Contanto que mantivesse o
coração em segurança. Isso é, se fosse possível.
— Se você se comportar,
acho que podemos repetir sim. Caso contrário, vou contratar um caseiro.
— Minha ideia é ser tão
bom para você que você não precisará de outro homem em sua vida — disse ele,
beijando-a de leve nos lábios. — Mas agora devemos ir para o quarto.
— Ótimo, não vejo problema
em continuarmos na cama.
— Você precisa dormir.
— Ah, não, aquela mesma
história de novo?
— Não
estou com sono. Aliás, preciso de um banho.
— Ótimo,
a água vai ajudá-la a relaxar. Vou preparar a banheira para você.
Joe a beijou na testa e
entrou no quarto, andando com a graça de um felino, sempre à vontade com a
nudez. Demi, por sua vez, ficou mais inibida, mas logo vestiu o roupão de novo
e juntou as roupas espalhadas de Joe.
— Quer
tomar banho comigo? — indagou ela ao entrar no quarto.
— Ora,
vejam, o que aconteceu com minha esposa cautelosa?
— Talvez
ela não ainda não esteja satisfeita.
— Isso pode ser bem
interessante... — disse ele, passando a mão no queixo e sorrindo.
Demi tomou-lhe a mão
estendida e o seguiu para o banheiro, onde ficou desapontada por encontrar a
banheira cheia.
— Não
se preocupe, estarei mais perto do que você imagina.
Joe lavou o cabelo dela
com muita proficiência, massageando o couro cabeludo e cuidando para não
escorrer xampu nos olhos. Em seguida, colocou um pouco de sabonete líquido nas
mãos e passou por todas as reentrâncias do corpo de Demi, chegando às regiões
mais abissais, sem nenhuma pressa, preocupado apenas em proporcionar prazer a
ela.
— Oh...
Eu já... E por duas vezes — sussurrou ela.
— Nada
a impede de continuar. Não nos subestime, querida.
Demi nem pensou em
contestar. Aliás, aquele tinha sido seu último pensamento racional antes de se
entregar totalmente a um tufão de sensações alucinantes, que varria todas suas
reservas. Já não existia mais desejo, apenas fúria e urros lancinantes.
Quando os ponteiros do
relógio voltaram ao ritmo normal, Demi encarou Joe com espanto. Jamais
imaginara que podia se satisfazer tantas vezes em tão pouco tempo. Talvez
estivesse se guardando para um momento como aquele, ou, quem sabe, Joe era
habilidoso demais.
— Eu
não disse que era possível? — indagou ele, orgulhoso.
— Como
sabe que eu não estava fingindo?
— Acho que todo homem
sabe a diferença.
Demi se lembrou de
Carl.
— Pode
acreditar que eles existem.
— Para
mim, é um sacrilégio não saber se uma mulher está satisfeita ou não. — Joe se
curvou e redesenhou os mamilos dela com a ponta da língua antes de continuar: —
Eu saberia se você não estivesse sendo verdadeira.
Não entanto, Joe não
havia percebido que ela fingia, sim, fingia que não estava apaixonada. Ou
talvez estivesse com a atenção toda na pele macia de Demi, tentando aplacar uma
fome recorrente de possuí-la novamente.
Demi o queria dentro da
banheira, tinha saudades daquele corpo másculo contra o seu, apesar de estarem
separados havia tão pouco tempo. Assim, jogou água no rosto dele, antes que
reiniciasse a viagem rumo ao prazer absoluto sozinha.
Você tem duas
alternativas: ou entra aqui comigo ou vamos inaugurar o piso novo.
Com um sorriso maroto, Joe
entrou na banheira e se sentou de modo a poder penetrá-la sem demora. Antes,
porém, perderam-se em um beijo apaixonado, como se nunca tivessem se beijado,
para depois entregarem-se à busca do mais profundo prazer, tendo a água morna
como cúmplice. Joe sussurrou o nome dela antes de chegar ao clímax, o que a fez
acompanhá-lo naquela jornada alucinante.
No silêncio do depois, Demi
se sentiu fraca e perdida, ao mesmo tempo em que procurava entender como tinha
se entregado tão completamente a um homem que estava tão determinada a
evitar. Um homem que se apegava com tanta firmeza a seu controle quanto a hera
que se insinuava pela janela. Tinha lutado tanto por sua independência com
Carl, para voltar a ficar tão dependente agora. Mas Carl era o tipo de homem
que se recusava a considerar uma mulher mais do que um bem físico. Bem
diferente de Joe, que exalava carinho sob uma expressão séria, especialmente
quando faziam amor. Entretanto, não podia jurar que ele lhe permitisse um
espaço próprio.
Mas não queria pensar
no assunto naquele momento. O mais importante era se deixar abraçar pelo marido
e curtir ao máximo.
— Era
disso que eu precisava — disse ela depois de longos minutos de carinho.
— Não
vamos nos esquecer das azeitonas — lembrou Joe, rindo e beijando-a na testa. —
Vou comprar caixas de azeitonas se for esse o seu desejo. Basta pedir o que
quiser.
Seria muito pedir que a
amasse? Seria loucura demais se apaixonar também? Devaneio ou não, era apenas
uma questão de tempo, se já não fosse tarde demais.
Gatinhas quen surtou com TCA !
Euuuuuuuuuuuuuu
Agora vocês que são mais inteligentes que eu me respondam,o que a Blanda estava fazendo lá ela canta o que funk....aff pesteeeeeeeeeeeeeeee
Eu surtei com os momentos Jonato,para com a fofoca nemi não calavam a boca,estavam falando mal da Blanda kkkkkkkkkkk
Eo Joe cheio de graça pra Demi,num lero lero só,para com o abraço que ele deu na Demi e a cheirada que ele deu nel kkkkkkkk,quando a Demi foi bater na mão do Joe o Nick olhou p bunda dela kkkkk serio,esperanças Jemi renovadas,por foi justamente da amizade que nasceu o amor né...
Pena que depois eles todos foram jantar juntos Demi os Jonas pomba gira da beira do poste (Blanda) e encosto mal despachado (Wilmer) kkkkkkkkk volta pro mar oferendas...
Bom fofocas a parte eu tinha respondido comentário po comentário ai meu filho príncipe Pietro descobrio a tecla ESC ai já viu kkkkkkkk...Mais vou recompensar minhas princesas e princesos por isso,afinal bateram meu record de comentários...
OBRIGADA- Jujuba Lovato,Maricota,Minha doce nora Iza,Alessandrademi,Jéss!e senhorita Grey,Lelety e Iza namoral kkkkkkkkkkk...
Yes terá Niley...
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