CAPÍTULO
OITO
— Você é filha de Luke Cyrus?
Demi virou para trás
antes de entrar na Cyrusssa e viu uma senhora de fino cabelo branco e olhos
escuros parada ao lado de um carro azul-escuro, com um motorista com o rosto
toldado pela sombra. Se não fosse por isso, Demi teria achado que se tratava de
uma mendiga.
— Sim, sou Demi Saalem.
Quem é a senhora?
A senhora deu um passo
titubeante na direção de Demi antes de dizer:
— Não importa quem eu
seja, mas você precisa saber que, como membro da família Cyrus, também está
amaldiçoada.
De repente, Demi se
sentiu como personagem de um filme de terror de segunda linha. Teria ficado
mais amedrontada se a mulher não parecesse tão frágil, apenas com os olhos
amedrontadores.
— Bem,
não creio em maldições, por isso vou arriscar e continuar minha vida.
— Você
deveria acreditar — alertou a senhora. — Você não é diferente do restante da
família. E está predestinada a amar um homem que jamais corresponderá aos seus
sentimentos.
Demi já tinha ouvido
falar de todo aquele melodrama, por isso não foi surpresa.
— Tenha
um bom dia — despediu-se e entrou na sorveteria.
Daniel estava sentado
ao balcão com uma xícara de café na mão.
— Ora,
vejam só, não é a esposa do sheik que acaba de chegar? — disse ele, sorrindo.
— Na
verdade, hoje sou mais uma Cyrus amaldiçoada — ela respondeu, colocando a bolsa
debaixo do balcão.
— O
que houve? — Daniel perguntou, inclinando a cabeça, confuso.
Demi apontou para a
senhora encarquilhada ainda parada diante da Cyrusssa.
— Aquela
senhora estranha me parou e disse que estou amaldiçoada.
— O
que ela está fazendo aqui? — ele perguntou, inclinando o corpo para ter uma
visão melhor.
— Não
faço ideia. Nem sei quem ela é.
Daniel endireitou-se na
banqueta e virou o café como se fosse uísque.
— O
nome dela é Lucia Conti, sinônimo de encrenca.
— Você
está se referindo àquela Lucia Conti, que despreza o clã dos Cyrus inteiro? Miley
me disse algo a respeito quando cheguei a Boston, mas achei que ela estivesse
longe da cidade.
— Infelizmente,
não. Ela vem amaldiçoando a família há muito tempo. É o que chamamos da
maldição do Dia dos Namorados. E estranho, mas coisas esquisitas aconteceram
nesse dia, incluindo o rapto do seu pai.
Demi era pragmática
demais para acreditar em maldições, optando por coincidências.
— Então,
agora faço parte da família oficialmente — Demi disse em tom de brincadeira,
mas ainda pensando nas palavras de Lucia.
Será mesmo que estava
apaixonada por quem não a amava? Joe não tinha feito nenhuma confissão na noite
anterior, nem ela. Além do mais, confiar em maldições era uma tolice.
— O que
está fazendo aqui tão cedo? — ela perguntou para Daniel, mudando o assunto.
— Quero lhe pedir
algumas coisas.
Demi amarrou o avental
na cintura e tirou o lápis de trás da orelha.
— Pode falar.
— A família inteira
está preocupada com Miley. Como sei que vocês duas são muito próximas, e você
foi a última a vê-la, concluí que deve saber onde ela está.
— Ela
está de férias.
— Sem dizer para
ninguém? — ele perguntou incrédulo. — Muito estranho...
Demi ficou sem saber o
que responder. E também não entendeu por que a voz de Daniel foi sumindo e sua
visão ficando tão turva. Teve a impressão de que Mimi estava ao seu lado e alguém
estava entrando na loja. Aos poucos as pernas foram fraquejando e ela acabou
por despencar no chão como uma flor murcha...
Quando voltou a si,
estava deitada atrás do balcão, coberta com o casaco de alguém. Daniel estava
agachado de um lado e Mimi de outro.
— Ligue para a
emergência — disse Daniel. — Depois chame o marido dela.
Demi uniu forças e
levantou a cabeça.
— Não precisa! Estou
ótima. Foi apenas uma tontura. Ainda não tomei café.
Mimi e Daniel
colocaram-na sentada no chão. Ainda bem que ela estava de calça, caso contrário
teria sido um espetáculo.
— Tem certeza de que
está tudo bem? — Daniel perguntou, preocupado.
Demi ainda se sentia
tonta, mas nada comparado aos minutos anteriores.
— Estou
bem. — Ela se virou para Mimi e continuou: — Vamos até o toalete comigo?
Preciso lavar o rosto.
— Você
consegue andar?
— Só
vou saber se tentar.
Mimi e Daniel
ajudaram-na a ficar de pé. Demi firmou a mão no balcão e, quando se sentiu mais
segura, deu um passo à frente.
— Acho
que devíamos chamar um médico — Daniel ponderou.
— Deixe
que eu mesma ligo daqui a pouco. Tenho certeza de que ficarei melhor depois de
comer.
Mimi a acompanhou até o
toalete segurando-lhe o braço enquanto Daniel vinha logo atrás.
— Se
precisar de mim, estou aqui fora.
— Está
tudo bem — disse Demi, com esperanças de que fosse mesmo verdade.
Se caísse de novo, Mimi
não conseguiria segurá-la sozinha.
— Ainda bem que pude
amparar sua queda — disse Mimi enquanto Demi lavava o rosto.
— Você
me segurou? — ela perguntou, olhando pelo espelho.
— Sim,
pouco antes de você cair. Para quando é o bebê?
— Como
é que sabe?
Demi sentiu o rosto
corar e Mimi deu uma tapinha em suas costas.
— O
desmaio é um sintoma característico, mas, além disso, eu já havia notado um
brilho diferente no seu rosto.
Olhando-se no espelho
com o cabelo desalinhado e os lábios sem cor, Demi achou que era impossível
estar reluzente.
— O
bebê nasce no fim de maio.
— Que
notícia boa! Pena que não pude dar um filho ao meu Johnny, mas tínhamos um ao
outro.
Demi virou de costas
para o espelho, apoiando-se na pia, enquanto enxugava o rosto.
— Vocês devem ter se
amado muito.
— É
verdade. — A ternura tomou conta das feições de Mimi. Você tem trabalhado
muito, acho que precisa tirar uns dias de folga.
— Mas
Miley...
— É
melhor se ausentar do que correr o risco de acontecer algo a você ou ao bebê.
— Vou
diminuir minha carga horária.
— Imagino
o que seu marido dirá quando souber da maldição e que você desmaiou.
Demi sabia que Joe não
ia gostar, por isso não pretendia dizer nada. No mínimo exigiria que saísse do
emprego, e ela não estava disposta, a menos que sua gravidez corresse risco.
Pretendia passar menos tempo em pé, fazer intervalos regulares e comer com mais
frequência.
— Prefiro não dizer
nada a ele.
— Começar um casamento
com segredos não é muito bom — comentou Mimi, meneando a cabeça.
De fato, mas Demi já
guardava um segredo maior do que podia suportar, então mais alguns não fariam
diferença. Joe não sabia que seus sentimentos iam muito além do que uma simples
afeição, mesmo que contra sua vontade.
— Vou pensar no que
disse. Enquanto isso, vamos voltar ao trabalho. Verônica e as outras atendentes
devem estar perdidas, atendendo a clientela sozinhas.
Antes de saírem, Mimi
abraçou Demi com carinho, tomando-a de surpresa.
— Tenha cuidado hoje.
Se eu a vir tremendo ou a qualquer sinal de cansaço, ligo para seu marido.
Demi sabia que a
promessa seria cumprida sem a menor cerimônia.
— Está
bem. Vou telefonar para o consultório.
Daniel e Mimi ficaram
por perto, enquanto ela pegava o telefone. Conversou com uma enfermeira que
esclareceu que era normal sentir tonturas na gravidez e assegurou que o médico
retoMiley a ligação no período da tarde.
Quando voltou para trás
do balcão, Mimi tinha preparado um café da manhã reforçado. Daniel olhou para a
prima com ares de preocupação.
— Não
se preocupe, não vou cair do banquinho.
— Você
está com uma aparência péssima, Demi.
— Puxa
vida, obrigada.
— Seu
marido está dando muito trabalho?
No mesmo instante, Demi
se lembrou da noite anterior e concluiu que ele a estava minando todas as suas
resistências a cada beijo, cada carinho...
— Joe está ótimo.
Espero que você não conte a ele sobre esse pequeno incidente.
— Você
não acha que ele tem o direito de saber? Afinal de contas, trata-se do seu
marido.
Sim, mas marido apenas
no nome, e um protetor nato que valorizava o controle sobre as pessoas. Contar
que havia desmaiado só favoreceria esse lado dele. Estava tudo muito bom entre
os dois para arriscar.
— Daniel,
você já deve saber que estou grávida. É normal sentir tonturas. Já prometi a
Mimi que vou trabalhar menos.
— Parabéns!
— exclamou ele, passando os dedos pelo cabelo. — Não me surpreendo por Joe
tê-la engravidado tão rápido. Ele é rápido em tudo o que faz.
Menos quando faz amor, Demi
pensou, quando faz questão de prolongar cada minuto. Mais uma vez lembrou-se da
noite anterior na varanda, na banheira e como ele tinha amado cada centímetro
de pele sua. Era melhor parar de pensar antes que desmaiasse de novo.
— Como está Phoebe? — perguntou
ela, concentrando-se no trabalho à sua frente para evitar o olhar preocupado de
Daniel.
— Ela está ótima. Na
verdade, é por isso que estou aqui. Phoebe gostaria que jantássemos juntos
antes de deixarmos a cidade.
— Mas vocês não
acabaram de chegar?
— Sim, mas ainda temos
de conhecer o mundo. Phoebe gosta de aventura, e eu sou o parceiro ideal para
proporcionar dias e noites incríveis a ela.
Não era a toa que
Daniel e Joe eram tão amigos; os dois levavam a vida em alto estilo. Depois de
empurrar o prato para o lado, ela se sentiu bem mais forte.
— É
uma pena, Daniel, mas preciso voltar a trabalhar.
— Está
certo. Mas prometa que vai se cuidar — pediu ele, já em pé.
— Ok.
— E
conte a Joe o que aconteceu hoje. Caso contrário, conto eu.
— Nem ouse!
Daniel puxou a jaqueta
de trás do banquinho e a vestiu.
— Vou pensar. Você é
uma Cyrus e por isso não menos teimosa. Mas também faz parte da família e não
quero que nada lhe aconteça por causa de orgulho bobo. Joe merece uma esposa e
um filho felizes e saudáveis.
Daniel
tinha razão, mas ela ainda não tinha certeza se informar a Joe sobre o desmaio
iria ajudar em alguma coisa. Ao mesmo tempo, acreditava que ele merecia saber
da verdade.
— Está certo, vou
contar.
— Ótimo — disse Daniel,
abrindo a porta para sair.
Demi decidiu que, se
amenizasse um pouco a situação, dizendo que sofrera uma ligeira tontura, talvez
Joe não se preocupasse tanto.
Bem, só saberia da
reação dele à noite, quando chegasse em casa.
Joe estava sentado no
sofá da sala aguardando Demi chegar enquanto balançava o copo com uísque,
tentando manter a calma. Depois do que soubera, era o máximo que podia fazer
para não virar a garrafa toda.
Daniel tinha ligado
para convidar para jantar e contara o que tinha acontecido naquela manhã.
“Se Demi estiver bem”.
Mesmo quando questionado, ele não deu mais detalhes, sugerindo que perguntasse
à própria Demi.
Já Mimi não foi tão
discreta, contando que Demi havia desmaiado quando ele ligou para a Cyrusssa.
Mesmo ela tendo dito que não havia acontecido mais nada durante o dia, Joe
estava preocupado e bravo por Demi não ter ligado para avisar. Se ela não
estivesse no caminho de casa, ele certamente iria buscá-la onde estivesse.
Uma sensação de culpa o
invadiu quando imaginou que poderia ser o culpado pelo mal-estar da esposa.
Daquele dia em diante, iria tratá-la com muito mais carinho, do jeito que ela
merecia, e manteria as mãos cruzadas até se assegurar de que fazer amor não
prejudicaria mesmo o bebê. Tarefa bem difícil, a julgar por sua reação quando
ela pedira para que fizessem amor, como ansiara por tê-la nos braços desde o
dia do casamento e como valorizava cada minuto juntos.
Percebeu que estava
cada vez mais vulnerável, pois descobrira que Demi se aproximava muito da
mulher que sempre desejara, representando um perigo para um coração já abatido
uma vez.
Apesar de todas as
ressalvas, ficou feliz ao ouvi-la abrir a porta e precisou se segurar para não
correr e abraçá-la. Continuou sentado e lutando para parecer impassível.
Quando Demi entrou na
sala, ele logo percebeu o quanto ela estava pálida.
— Olá
— cumprimentou ela, com um sorriso fraco.
Joe aguardou para que
ela explicasse o que tinha acontecido sem precisar perguntar.
— Como
foi seu dia?
Demi jogou a bolsa e as
chaves na mesa e deixou-se cair no sofá.
— Bem
agitado.
— Sem
nenhuma novidade?
— Nada
fora do normal — disse ela, cruzando as pernas e girando a cabeça sobre os
ombros.
Inclinando-se para
frente e apoiando os cotovelos nos joelhos, Joe segurou o copo com tanta força
que seria possível estilhaçá-lo.
— Desmaiar
faz parte da sua rotina?
Demi parou o movimento
da cabeça e arregalou os olhos para ele.
— Você
falou com Daniel?
— Sim,
mas ele só disse que estava preocupado com sua saúde e me deu os parabéns pelo
bebê. Mas Mimi contou tudo o que eu precisava saber.
— Ah,
não foi nada — respondeu Demi, com um sinal de mão. — Foi apenas uma crise de
tontura.
Joe continuou segurando
o copo com força, agarrando-se num último fio de controle.
— Não
acho que seja pouco. Você tem trabalhado muito. Além do horário insano na Cyrusssa,
você ainda supervisiona as obras aqui de casa e não dorme horas suficientes
para manter a sua saúde e a do bebê.
— Tenho
dormido bem, a não ser quando... — Ela desviou o olhar, corada. — A noite
passada foi uma exceção.
As memórias da noite
anterior ainda estavam frescas na memória de Joe, bem como a culpa.
— Eu
bem sei que meu comportamento de ontem pode ter causado seu mal-estar de hoje.
— Ora,
Joe, não fomos tão atletas assim. Você foi bem cuidadoso.
— Não
tanto quanto deveria.
— Já
disse a você que não sou frágil. E também prometi a Mimi que não passarei mais
tanto tempo em pé. Posso ficar no caixa enquanto ela e as outras servem os
clientes.
— Eu
disse a ela que você vai ficar em casa por uns dias.
— Você
não tinha o direito de decidir por mim — reclamou ela, colocando os pés no
chão.
— O
que você esperava que eu fizesse? Se você não se cuida, nada mais lógico que eu
tome decisões por você.
— Não
preciso de babá — disse ela, segurando a almofada com força.
Joe deixou o copo na
mesa lateral, levantou-se e postou-se na frente dela.
— Seja
sincera e responda: Acha que sua rotina atual beneficia nosso bebê e a você
mesma?
Antes de responder, ela
respirou fundo para não mostrar o quanto estava brava.
— Eu
não faria nada, nada que prejudicasse esse bebê que significa tanto para mim!
— Então,
pare e pense no que é melhor para vocês dois.
Joe decidiu que a calma
agiria a seu favor.
— Há
tanto o que fazer aqui para aprontar tudo para a chegada do bebê. Não seria
melhor se ocupar dessas tarefas?
— Mas
Miley e Mimi...
— Ela
me falou que dá conta de gerenciar a Cyrusssa. Você pode falar com ela por
telefone e supervisioná-la daqui. Tenho certeza de que Miley não se oporá.
Demi baixou a cabeça e
passou a mão na testa.
— Acho que você tem
razão. Meu médico disse que talvez fosse bom tirar alguns dias de folga. — E,
fitando-o nos olhos, prosseguiu: — Mas, quando acabar a reforma da casa, eu
decido se devo voltar a trabalhar ou não.
— Vou
respeitar sua decisão.
— E
além do mais... — Ela parou de falar e franziu a testa. — O que foi que disse?
— Eu falei que
respeitaria sua decisão quanto ao trabalho. Mas gostaria muito que discutíssemos
as opções quando chegar a hora.
Demi ficou surpresa e
não conseguiu esconder a reação.
— Claro,
contanto que você perceba que posso ser muito teimosa.
— Eu
também.
Um sorriso surgiu nos
cantos da boca de Demi.
— Por
que será que isso não me surpreende?
Apesar de segurá-la nos
braços, Joe considerou se conseguiria parar num simples abraço. Por causa do
estado frágil de Demi, talvez fosse melhor dormir no sofá.
— Daniel
nos convidou para jantar com ele e Phoebe, isso é, se você estiver melhor.
— Estou
ótima, obrigada — ela respondeu, levantando o queixo em desafio. — Só preciso
de um banho.
— Vamos
nos encontrar com eles em uma hora.
— Ótimo.
A lembrança dos dois
fazendo amor na banheira o assolou, mas ele se limitou a apenas uma pergunta:
— Quer
companhia para o caso de sentir tonturas de novo?
— Estou
tonta desde hoje cedo — Demi respondeu, com um sorriso largo. — E se você for
me ajudar, não ficaremos prontos em uma hora.
Assim dizendo, ela o
deixou na sala, acompanhado apenas pela certeza de que jamais tinha conhecido
alguém como Demi, uma mulher segura, cuja determinação combinava com a sua,
além da sensualidade inerente e a beleza interna que o remetia ao desejo
durante as 24 horas do dia.
Estava reaprendendo a
externar as emoções, depois de ter aberto o coração e a alma uma vez e ter se
decepcionado. Talvez fosse a hora de encarar os medos e se arriscar a amar de
novo, para seu próprio bem e o de Demi. Contudo, se optasse por esse caminho,
como ficaria quando ela partisse depois do nascimento do bebê? Se tivesse
sorte, talvez não precisasse passar por isso. Na realidade, estava em suas mãos
convencê-la a ficar, mesmo que tivesse que abrir antigas feridas.
Demi estava determinada
a se divertir, o que não era nada fácil ao observar a maneira carinhosa como
Daniel acariciava o braço de Phoebe ou mexia em seu cabelo enquanto falava. Por
mais que quisesse se convencer de que não se importava, logo se percebeu
ansiando por ter o mesmo tipo de relação e o amor incondicional do primo. Seria
bom ter ao menos a ilusão de que um dia ela e Joe se portassem da mesma forma.
As chances não eram
boas naquele momento exato, pois Joe estava com o braço apoiado em sua cadeira,
bem longe de tocá-la. Mal tinha falado com ela, a não ser para perguntar o que
ela gostaria de comer. Bem, pelo menos ele não tinha feito a escolha,
permitindo-lhe liberdade. Tampouco a censurou por largar o prato na metade.
Claro que tinha
concordado com Joe de que precisava de um tempo para ela e para o bebê longe do
trabalho. Mas a lógica não tinha nada a ver com o temor de ter alguém tomando
atitudes por ela, muito menos com a possibilidade de estar se apaixonando cada
vez mais. Arrependia-se profundamente de desejá-lo tanto em sua cama, bem como
na sua rotina do dia a dia. Quem sabe um dia estivesse pronta para assumir um
compromisso. Não tinha certeza também se, nesse dia, Joe não lhe inforMiley de
que não seria nada além do pai de seu bebê. Será que valia a pena correr o
risco?
— Você sabe sobre o
nosso primo, Reese?
A voz de Daniel interrompeu
seus pensamentos, trazendo-a de volta para a conversa.
— O
irmão de Miley? — perguntou, procurando se lembrar.
— Isso
mesmo — Daniel respondeu. — Ele é um dos filhos do tio Carlo.
— Miley
me disse que ele está longe há anos.
— Nós o vimos em Harwichport
durante nossa lua de mel — Phoebe interveio. — Ninguém da família tinha
notícias dele fazia muito tempo.
Daniel tomou um gole de
vinho antes de dizer:
— Você
gostaria dele, Joe. Ele usou o dinheiro da aposentadoria para investir na
bolsa de valores. A ocupação atual dele é viajar ao redor do mundo em seu
veleiro. Fiquei surpreso em encontrá-lo aqui nos Estados Unidos.
— Não
sei como me lembrei dele dentre tantos primos — disse Demi.
— A família é grande
mesmo — comentou Phoebe, rindo. — O bom disso é que você sempre terá apoio de
alguém.
Demi tinha gostado de
ter tido apoio de Daniel e Miley, apesar de ter se sentido muito sozinha na
maioria das vezes, pelo menos até Joe entrar em sua vida.
— Por
que Reese partiu?
— Houve
um escândalo com uma mulher — Daniel explicou. — Uma socialite o acusou de
tê-la engravidado. Apesar da insistência do tio Carlo e da tia Moira, ele se
recusou a se casar. No fim, ficou provado que a criança não era dele mesmo.
Acho que ele ficou sentido por os pais não terem acreditado na sua versão da
história.
— Eu
bem sei como isso afasta um filho da casa dos pais — disse Joe.
Demi ficou curiosa pelo
tom amargo na voz dele, mas, antes que pedisse mais explicações, Daniel
interveio:
— Chega
de falar de família. Vamos brindar ao mais novo membro do clã.
Phoebe e Daniel
levantaram as taças de vinho, enquanto Joe e Demi içaram seus copos de água. Joe
tinha parado de tomar bebidas alcoólicas para ser solidário a Demi, que gostou
da atitude.
— A Joe,
Demi e ao bebê — brindou Daniel.
— Fiquei
muito feliz quando Daniel me contou a novidade, Demi — disse Phoebe.
Joe tocou o rosto de Demi
com uma reverência que ela não esperava.
— Estou
honrado por minha esposa ter me agraciado com um filho.
— Brindemos
a uma nova vida — disse Phoebe, e sorriu para o marido completando: — E ao
amor.
A emoção do momento
levou Demi às lágrimas. Ela se desculpou e saiu da mesa, dizendo:
— Desculpem-me,
preciso ir ao toalete.
— Você está se sentindo
bem? — Joe exigiu, segurando-lhe a mão.
— Estou
bem. Sério.
Mas não era verdade.
Ela saiu correndo,
fugindo do amor que irradiava de Daniel e Phoebe bem como de seus próprios
sentimentos com relação ao sheik Joe Jonas-Saalem, conscientizando-se de que já
era sua prisioneira.
Mais um capitulo por que vocês me fizeram felis com tantos comentários...
Muito muitooo obrigada...
O que vocês acham de uma one shot do dia 11 de agosto de 2013 #TCA
Hum será? kkkkkkkk
Beeeeeijos cupê cakes
Heyy..
ResponderExcluirSimplesmente amandoooo..
É muito boa essa história..
To louca pra ler mais..
Posta Logoo
Beijoos
s2
Adorei :))
ResponderExcluirOi linda,
ResponderExcluirAí deus demi tá triste,e emoção de mais para só uma fic u.u
Demi tá começando a se apaixonar seriamente pelo joe >.<
O capítulo tá um arraso !!!
Não demora a postar ~lê muito curiosa~
Beijos linda da ale aqui u.u
Tiaaaaaa ta lindooooo. Posta logoooo e rapidoooo. Vc diva sogrinha. Estou curiosa pra one shot.... E quando.sai a demi ma? Posta logoooo. Bjs. Love you. Iza.
ResponderExcluirPs. Manda um bj gigante pro principe viu. E diz q eu amo ele.
Ameeeei esses capts eles ja se amam só não querem admitir ... Mt lindosss
ResponderExcluirtiaaa .. O qu foi esse TCA ? Perfeito ! Nemi é vida ! Eles ficam tão bem juntos .. Eu amo essa amizade deles e o Nick é tão carinhoso com a Demi, sabe aquele carinho de irmão, é lindo! E Jonato omg Jemi <3 foi tudo !
Oneshot ! Ebaaa .. Faz sim !
Poooosta logoo
Tiiiiiia qe capitulos lindos foram esses ?? :o Ta tudo perfeito gente !! Tenho nem o qe falar kkk
ResponderExcluirE quanto ao TCA nem sei como sobrevivi aquilo tudo , emoção demais da conta meu povo morri e voltei um monte de vezes kkkkkk por isso acho digno uma one shot sobre isso sim :D Kkkkkkkk
Bjocas da Mari Maricota (: